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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

11º dia - Canion del Colca

Contratamos um tour para dia full no caniion del Colca. O horário de saída teria que ser às 3 da manhã, pois demora cerca de 4 horas para chegar à Chivay, cidade onde está localizado o canion.
As 3 da manhã a Sprinter da agência chegou ao nosso hotel. Quando saímos na rua, percebemos que Arequipa não dorme, é uma cidade cosmopolita, com gente de todo o mundo, jovens mochileiros em busca de diversão e prontos para a festa, porque a noite não termina nunca.
Entramos na van e logo adormecemos, seguindo as instruções do guia, que avisou que teríamos um dia cheio de atrativos. Como são aproximadamente 250 km de Arequipa até Chivay, aproveitamos para descansar, aguardando o café da manhã que seria servido na chegada, de acordo com o pacote que contratamos.
Buenos dias! - gritou o guia, um sujeito simpático mas muito diferente dos padrões da nossa civilização. Era um típico peruano, com traços indígenas e exímio conhecedor da cultura local. Levou-nos para um café da manhã em uma casa que recebe turistas, servindo as comidas tradicionais do povo da região.
Depois do café, seguimos em direção ao mirador do condor, passando por várias vilas e locais espetaculares, onde todas as montanhas são recortadas por tipos de escadas, que chamam de escaleras, uma sequência de recortes preparados para o plantio de frutas e hortaliças, que fornecem o alimento necessário para a subsistência do povo local, assim como foi com os Incas, que desenvolveram estas técnicas há milhares de anos.
Estas escaleras são como terrários, onde as plantações utilizam todo o potencial da montanha, contando com irrigação rica em minérios que escorrem do topo para a base.
Na base do canion, corre a água que nasce no vulcão Misti e se transforma no gigantesco rio Amazonas, que corta o Perú e o Brasil, desembocando no oceano atlâtico. É impressionante pensar que um veio de água, correndo lá embaixo no canion, passa por tantos lugares e se torna um dos maiores rios do nosso planeta.
Nossa van não parou em nenhum lugar, passava direto pelos outros tours parados na estrada tirando fotos, pois nosso guia dizia que não tínhamos tempo a perder, era importante chegar cedo no mirador para avistar os imponentes condores, aves de rapina com mais de 3 metros de envergadura.
A estratégia deu certo, mal chegamos no mirador e fomos brindados com um vôo duplo de um casal de condores, que ascendiam conforme as correntes térmicas do canion.
Os turistas gritavam e corriam para encontrar o melhor ângulo para registrar aquele momento mágico. Como estávamos com um boa câmera, conseguimos captar a beleza do vôo ao mesmo tempo em que percebíamos a imponência destes gigantes dos ares.
Depois deste tempo com os condores, o tour tinha o resto do dia para o retorno e era apenas 9 da manhã. Partimos do mirador em direção à Chivay, com paradas para “mirar” o vulcão Misti com seu pico nevado. Vivenciar este visual foi simplesmente fascinante.
Depois paramos em uma vila que nos esperava com seus produtos artesanais, produzidos de acordo com sua cultura. Encontramos pessoas apresentando seus animais de estimação, como lhamas e águias, preparadas para interagir e tirar fotos com os turistas.
Em seguida, a parada foi em um complexo de águas termais que brotam bem ao lado do rio de águas gélidas. Estas águas termais vem do subsolo e estão conectadas com os vulcões adormecidos daquela região.
Aproveitamos o momento para mergulhar nas águas “calientes” acondicionadas em lindas piscinas naturais.
Saindo das águas termais, já era hora do almoço e o guia sugeriu um ótimo restaurante, com buffet livre, comida saborosa e preço bem atrativo.
Saindo da região de Chivay, rumamos para Arequipa, antes chegando a 4.910 metros de altitude, onde pudemos visitar o mirador de onde se avistam vulcões, que naquele momento, já 4 da tarde, estavam encobertos por uma espessa camada de nuvens, fazendo o lugar ficar muito frio e com uma camada de neve e gelo sobre todo o cume da montanha.
Chegamos em Arequipa por volta de 5 e meia da tarde, muito cansados mais felizes, porque realizamos o segundo dos 9 destinos, com a certeza que conhecemos um dos lugares mais lindos do planeta.
Passamos no hotel e depois de um breve descanso, fomos jantar no centro de Arequipa, onde encontramos um restaurante especializado em ceviches, um prato típico do Perú, à base de frutos do mar com molho de limão e especiarias, que “cozinham” os mariscos e dão um tempero adicional ao prato, que é simplesmente delicioso.
E para acompanhar, o brinde teria de ser com uma Cuzqueña, a cerveja tradicional do Perú!
- Salude amigos! A aventura está apenas começando!











































                          Aqui nasce o rio Amazonas



























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